Nem se Eduardo Coudet pedisse ele teria uma situação tão apropriada para fazer mistério da escalação de seu time quanto no jogo contra o América de Cáli na próxima quarta-feira (16). São muitos os desfalques e há um leque de opções, algumas até com jeito de improvisações, possíveis. Em relação à parada da Libertadores em 12 de março no Gre-Nal da Arena, uma grave lesão tirou Paolo Guerrero que juntou-se aos outros seis que já estariam de fora, suspensos após o tumultuado clássico.
Só com as ausências já dá quase um time, e um bom time. Além de Guerrero, estão fora Victor Cuesta, Moisés, Musto, Edenílson, Marcos Guilherme e Praxedes. Simplificando reposições, Matheus Jussa, contratado exatamente para a função, será a reposição de Cuesta. Uendel até já atuou na vaga de Moisés e foi bem. Musto já nem era mais titular e Rodrigo Lindoso estará de volta após ser isolado por conta da covid-19.
As maiores indefinições vêm do meio para a frente. Edenílson é peça importantíssima no meio-campo. Ele teria Nonato e Johnny para reposição, ambos garotos. Praxedes e Marcos Guilherme vinham sendo suplentes. Assim, os punidos pelos cartões estariam todos repostos. Curiosamente fica a vaga que há mais tempo o Inter está tendo que preencher: a do centroavante. A julgar pelas últimas partidas, Patrick entra no meio-campo com Boschilia e Thiago Galhardo completa a formação. O nome que falta é que causa suspense e pode depender do jogo deste domingo (13) contra o Goiás, caso alguém mostre-se como alternativa viável.
Há; contudo, como se especular uma disputa entre estrangeiros. Por que não Abel Hernández como faz Guerrero, liberando mais Thiago Galhardo para jogar como gosta. Também candidato a aparecer ninguém mais, ninguém menos do que D'Alessandro, até para controlar o ritmo de um time ão desfalcado e que pode sentir falta de entrosamento. Destas duas alternativas, a que causa maior curiosidade é o centroavante uruguaio, até porque sabe jogar se movimentando mais aberto pelos lados. Não se trata de nenhum absurdo projetar um Inter com Marcelo Lomba; Saravia, Zé Gabriel, Matheus Jussa e Uendel; Rodrigo Lindoso, Johnny, Boschilia e Patrick; Thiago Galhardo e Hernández (D'Alessandro).
Independentemente dos desfalques e, embora os colombianos estejam por ser campeões nacionais, o Inter está jogando há muito mais tempo do que o América que voltou aos treinos há duas semanas. Além disso, o time de Coudet joga em casa e tem a possibilidade de, com a vitória, abrir uma vantagem que pode encaminhar muito bem a classificação. Depois deste jogo vem o Gre-Nal no Beira-Rio e, com triunfo sobre os colombianos, até a repetição do empate no primeiro clássico passará a ser bom negócio.