A virada de chave não aconteceu e há quem pense que a chave quebrou. Com desempenho fraco no Brasileirão, se acreditava que a volta da Libertadores seria um divisor para o Grêmio. Não foi. O time que mais empata no Brasileirão perdeu e jogou muito mal na disputa sul-americana. O que se viu em Santiago foi barato, mesmo que se admita que havia desfalques importantes, representa um fundo de poço para o time de Renato Portaluppi. O domínio da Universidad Católica foi algo de assustador para quem foi dominado e que um dia se notabilizou por jogar com posse de bola e qualidade técnica.
Curiosamente a classificação não fica tão ameaçada porque o rival deu uma bela mãozinha ao vencer o América de Cali. O futuro gremista pelo menos tem Porto Alegre como local para ser definido, seja no Gre-Nal no Beira-Rio como nos dois jogos da Arena. O que preocupa e até desespera é que nada deu certo para o Tricolor. Derrota, Geromel machucado, David Braz expulso, um passivo de suspensões e lesões que ficou em Porto Alegre são apenas alguns dos elementos a lamentar e projetar para um Gre-Nal que na semana que vem já aparece como jogo de alto risco pelas possíveis consequências.
As alternativas e estratégias propostas pelo técnico em Santiago não apresentaram resultado. A situação física do time merece, no mínimo, uma cobrança especial. O que seria a solução mágica da volta às Copas virou decepção, embora valha lembrar que a campanha semifinalista do ano passado passou por uma fase de grupos horrorosa até o terceiro jogo. Trata-se; portanto de mais uma oportunidade de acreditar em fórmula fantástica, mas igual a isto não aconteceu nesta passagem de Renato. Não tem como ser pior... Aliás, tem. O Gre-Nal virou decisão para muita coisa.