A live comemorativa dos 117 anos do Grêmio virou decepção para milhares de torcedores que a prestigiaram. A rigor, não aconteceu nenhum erro grave de produção no evento. Uma bela camisa foi apresentada, houve contato ao vivo com a concentração no Chile e apresentações de grandes artistas identificados com o clube. Talvez, possa se fazer reparo à participação dos atletas, um tanto dissociados da importância da data. Mas o que decepcionou foi que Cavani não foi anunciado.
Não havia nenhuma confirmação de que isto aconteceria. A diretoria só falava coisas que antecipavam o não anúncio, mas o ambiente iludiu o torcedor. Por isso, houve frustração, num paradoxo absoluto com o congestionamento nas conexões ou o esgotamento do estoque da nova camiseta celeste.
Não há como negar, porém, que estes dois fatos altamente positivos estavam intimamente ligados à expectativa da chegada de Cavani. As fantasias que foram criadas, e não pelo clube, não se realizaram, mas parece que também não morreram.
Ainda há gremistas sonhando com Cavani em breve vestindo a camisa tricolor. São poucos, mas resistentes. De objetivo, para acalentar este sonho, há o fato de o uruguaio não ter assinado contrato com nenhum clube da Europa, da China ou dos Estados Unidos — e o prazo estar se esgotando em função dos prazos de inscrição nas competições estrangeiras.
Se até o início de outubro não houver acerto, a ilusão de que opte por seguir seus sentimentos pessoais e volte para a América do Sul cresce. Por aqui, há uma convicção de que o Grêmio seja uma escolha óbvia, já apresentada ao próprio atleta.
A live sem anúncio não foi o fim da linha. O desejo persiste. O sonho não se desfez em meio à decepção e só acabará quando um outro destino for oficializado.