Da mesma maneira em que a dupla Gre-Nal foi eliminada ao natural pelo Flamengo na Libertadores, pelo simples fato de a equipe carioca ser melhor, o clássico deste domingo (3) mostrou que há uma superioridade nítida do Tricolor ao longo do tempo e que não foi alterada por fatos recentes. Venceu quem tem mais time, sem nenhuma diferença pelo fato do Colorado ter perdido o goleiro no início do segundo tempo. O Grêmio ganharia até se o adversário atuasse com 12 jogadores.
Houve maiores acertos por parte de Renato Portaluppi em relação a Zé Ricardo na escalação, mais — muito mais — desempenho coletivo gremista e uma superioridade absoluta das individualidades tricolores.
Se de um lado Diego Tardelli faz sua melhor partida desde que chegou à Arena, do outro, Guerrero não só se mostrou inoperante, como ratificou uma instabilidade emocional que rende reclamações com os próprios companheiros e tumultua o time. Esta comparação é um pedaço de um todo que inclui também a soberania do jovem Matheus Henrique no meio-campo do Grêmio contra um deserto técnico e tático apresentado pelo Inter.
No gol, Paulo Victor entrou pressionado pela própria torcida, e Lomba, que é unanimidade entre os colorados, se perdeu e acabou expulso em lance ridículo.
Se compararmos os fracassos, o Grêmio superou, dentro do possível, a lambada que levou no Maracanã do Flamengo, enquanto o Inter degringolou dentro e fora do campo após ser batido pelo Athletico-PR na final da Copa do Brasil. A matemática permite reversão, mas a tendência de final de ano é o Grêmio podendo chegar à fase de grupos da Libertadores 2020 e o Inter sofrendo para se manter no G-6 e até se vestindo mais uma vez de Flamengo para que haja um G-7.