O Brasil da “Era Tite”, especialmente pós-Copa da Rússia, reconheceu o distanciamento que estava criado entre a Seleção e o público. São poucos jogos no país, e praticamente inexistem os treinamentos abertos ao torcedor.
Sem títulos e faltando contato direto com os jogadores, a queda de popularidade é natural. Na Copa América o que está se vendo é uma política diferente. As chegadas e saídas por portas secundárias nos hotéis não existem. Apenas a restrição é para entrevistas, o que se mostra razoável em função da prioridade dada à torcida.
A quantidade de pessoas junto aos hotéis é menor do que em outras épocas de estrelas de outra dimensão, mas a gritaria e o carinho continuam muito fortes. A receptividade por parte da maioria dos jogadores e integrantes da comissão técnica justifica as manifestações. Vale destacar figuras como Thiago Silva, Marquinhos, Everton, Phillippe Coutinho, Daniel Alves, Gabriel Jesus, Alisson e Miranda, além do incansável e solícito Taffarel e o técnico Tite.
Estão corretas as providências, sejam elas programadas por quem dirige a Seleção ou pela iniciativa dos atletas. A recuperação de imagem da “Canarinho” é algo importantíssimo. É um símbolo nacional que não pode estar dissociado da população, ainda que numa simples descida de ônibus.
Quanto ao trabalho da imprensa junto ao grupo, o que há hoje em dia é cordialidade, relações boas, mas um fechamento como nunca se viu na história e que criou os “dias fechados”, com treino secreto e sem entrevistas.
Para quem achar ruim ou pouco, olhe para a Argentina. Lá são muito mais raras as entrevistas, mais numerosos os treinos fechados e os jogadores ignoram os torcedores, como se viu na chegada a Belo Horizonte.