Certos treinadores são mesmo incompreensíveis. Durante a semana, imprensa e torcida opinaram que seria um erro escalar três volantes, entre eles Anselmo. Antônio Carlos Zago, repetindo o soldadinho do passo certo, escalou o rejeitado trio de volantes. Conseguiu manter a sua teimosia até o final do primeiro tempo.
O desempenho foi tão prejudicado pela decisão de Zago que ele precisou devolver o time para o segundo tempo sem Anselmo e com Roberson. O quadro mudou radicalmente. O Inter passou a dominar, o Novo Hamburgo fechou-se atrás, mas a fragilidade do Inter nas bolas altas sobre a sua área conspiraram contra a busca pela vitória.
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Fatalidade
Acho que se o Inter tivesse inscrito cinco goleiros, todos eles teriam se lesionado. Azar é sempre uma possibilidade, mas perder três goleiros é demais.
Neste domingo, parecia que Keiller sairia ileso do jogo. Não saiu. A partida já se encaminhava para o final quando o goleiro do Inter chocou-se contra o adversário e saiu de campo segurando o braço e chorando de dor.
Os deuses do futebol parecem ter decidido que o Inter chegue ao título sem goleiro ou por falta de jogador para esta posição deixe escapar o hepta campeonato. É fatalidade demais.
Pênaltis
Roberto Melo, o vice de futebol, garante que o Inter não teve, durante o campeonato, a marcação de oito pênaltis. Se for verdade, tenho dúvidas, seria um prejuízo inaceitável.
Pressão
Não aprovo que a imprensa tente vetar ao Inter o direito de reclamar da arbitragem ou questionar a marcação do jogo decisivo para o Estádio Centenário.
Eventuais questionamentos não podem ser confundidos com reiteradas reclamações. Não é o caso. O Inter tem o mesmo direito de outros clubes de reclamar. Mesmo que não tenha razão.