Parece que o Inter congelou na noite fria deste domingo (7). O retorno ao Beira-Rio foi traumático para o torcedor, que viu a equipe não conseguindo superar o Vasco, time de qualidade duvidosa. Inclusive, esse foi o primeiro resultado positivo dos cariocas jogando fora de casa no Brasileirão. Não tem como criticar o descontentamento da arquibancada diante dessa apresentação ruim.
O primeiro tempo foi de domínio colorado, mas não de pressão e grandes chances. O adversário só pensava no contra-ataque. Por conta disso, em grande parte do tempo, a bola esteve com Inter. Porém, posse de bola não significa nada se não for convertida em grandes oportunidades de gol. A produção foi pouca para quem tinha a pretensão de vencer a partida dentro de casa.
É difícil falar sobre justiça no futebol. Se olharmos pela ótica da criação, o Vasco não merecia a vitória. Mas o time que esteve com a bola durante a maior parte do tempo não tinha volume de jogo, e isso abre brechas para que o futebol acabasse punindo aquele que não aproveitou as oportunidades.
Os erros individuais de um time frio foram decisivos. Um escorregão e uma desatenção após a cobrança de lateral deram ao Vasco o êxito inédito como visitante na competição de pontos corridos.
É preciso cobrar sangue quente dos jogadores em campo. Eduardo Coudet tem responsabilidade, mas, dentro das quatro linhas, quem decide é o atleta. Eles precisam ter esse comprometimento.
A Copa do Brasil parece um momento importante para o futuro do Inter na temporada. A derrota para o Vasco traz um peso extra para o enfrentamento com o Juventude. Vencer é essencial. E mais importante, não importa de qual forma, a classificação é imprescindível para continuidade do ano.