A partida diante do São Paulo é o compromisso mais complicado que o Inter enfrentará neste retorno ao futebol. Por enquanto, a equipe treinada por Eduardo Coudet teve confrontos contra Belgrano, Cuiabá, Tomayapo e Delfín. Não ter adversários da primeira prateleira foi bom para que o grupo pudesse retomar o ritmo de jogo.
Este primeiro momento foi bem parecido com o início do ano — apesar da fragilidade dos rivais, os jogadores ainda não estavam conseguindo implementar o futebol que são capazes. Faz sentido: além do tempo em que o calendário ficou parado, o Inter ficou um período sem treinamento e isso desequilibra a disputa com outros rivais.
O São Paulo, enquanto isso, está em um ótimo momento. Será um desafio gigantesco para o Inter. Em jogos no Beira-Rio, o histórico colorado é muito bom diante dos paulistas, mas, aí, entra em campo um desafio a mais: o clube agora precisa jogar fora de casa mesmo quando joga como mandante. O endereço da vez é o estádio do Criciúma. O local estará lotado de colorados, mas é diferente do mando em Porto Alegre.
Oportunidade
Existem algumas contestações ao trabalho que vem sendo realizado dentro do Inter. As principais críticas são destinadas a Eduardo Coudet. Apesar dos bons números, o Inter não se saiu bem no estadual e se classificou com sofrimento na Sul-Americana. Porém, temos no Brasileirão uma grande oportunidade.
O Inter tem uma diferença de seis pontos na comparação com o líder Botafogo e três jogos a menos. Se conseguir bons resultados nestas partidas que faltam, pode acabar na parte de cima da tabela. O campeonato está embolado e isso facilita para ter uma perspectiva melhor dentro da competição.
O confronto é difícil. Isto é fato. Mas imagina vencer o São Paulo em boa fase. A moral do time cresce, a confiança do torcedor sobe e passamos a acreditar no projeto que está sendo realizado dentro do clube. Grandes jogos têm esse potencial. Já que o calendário se apresentou dessa forma, vamos aproveitá-lo.