Publicamente o Inter não deixará claro sua preferência por alguma competição específica. Está correta a direção. Direcionar o foco de forma pública coloca uma pressão desnecessária em quem está envolvido no processo de futebol do clube. Mas alguns sinais vão apontando para onde está o objetivo do time na temporada.
A tragédia no Rio Grande do Sul mudou muita coisa no planejamento dos times do Estado. Se antes o objetivo era chegar em todas as competições, agora virou um campeonato de sobrevivência com aposta no mata-mata. O Brasileirão, como pontos corridos, pede regularidade. Com esse desequilíbrio técnico ficou difícil chegar ao título no principal campeonato nacional.
Nos últimos dias, Magrão declarou que antes da tragédia tinha certeza que o time disputaria o nacional. Porém, depois de tudo, ele não consegue ter essa mesma certeza. A fala do ídolo colorado é coerente com a situação. Não tem por que omitir algo que é óbvio para todos. O tempo parado em meio à temporada prejudicou qualquer projeção de taça no Brasileirão.
Essa declarado do Magrão e a escalação contra o Cuiabá poupando titulares deixa a entender que a prioridade está na Sul-Americana. Nomes como Valencia, Borré e Rochet só jogaram porque nesses jogos pela competição internacional defenderão suas seleções. Caso contrário, não jogariam.
O mata-mata pode surpreender. São jogos de ida e volta. Situações pontuais que podem aproximar qualquer time de uma conquista. Nesse tipo de disputa, nem sempre a lógica entra em campo. Nesse momento, essa lógica não está do lado vermelho. Vamos precisar usar um pouco da magia do futebol.