Um dos maiores responsáveis pelo ressurgimento do Inter na Libertadores da América foi Eduardo Coudet. O técnico deu ao time aquilo que não tinha acontecido durante toda a temporada: desempenho. Esse fator somado à chegada de jogadores importantes mudou o patamar colorado e fez com que o torcedor tivesse uma mínima esperança em terminar o ano com a moral lá no alto.
Tem quem acredite que qualquer um faria o Inter jogar mais com os reforços que chegaram ao Beira-Rio. Sem dúvidas, é muito melhor trabalhar com bons jogadores. O treinador argentino aproveitou isso. Porém, é necessário ter capacidade para tirar o melhor desses atletas. Não podemos esquecer do marcante jogo entre Fluminense e Inter pelo primeiro turno, em que Mano Menezes utilizou Enner Valencia pelo lado do campo. Foi uma das escolhas marcantes para o processo de desligamento do antigo treinador.
Com os méritos que teve Coudet, alguns podem questionar o motivo de ainda existirem dúvidas em relação a sua permanência. O grande problema é o decréscimo técnico da equipe. Os últimos jogos deixam a sensação de que a Libertadores foi um momento fora da curva. Precisávamos de continuidade naquilo que o grupo está apresentando para ter certeza no trabalho que vem sendo realizado pela atual comissão técnica.
É um erro amar ou odiar Coudet. Essa polarização não é saudável para fazer uma análise sobre o trabalho do treinador. Neste momento, Chacho está em um meio termo. Nos últimos jogos da temporada, com os melhores jogadores à disposição, a torcida quer ver o time jogando bem e repetindo aquele estilo de atuação que vimos contra River, Bolívar e até Fluminense.
O Campeonato Brasileiro ainda pode servir para mais coisas, inclusive para decidir o comandante para 2024.