Imagens de satélite revelam a destruição causada pelo incêndio de grandes proporções que atinge Los Angeles, no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
As chamas começaram nesta semana e já se espalham por diversas regiões da cidade. De acordo com as autoridades locais, este é o pior desastre do tipo na história da cidade. Até o momento, foram confirmadas cinco mortes, e pelo menos 180 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas casas.
O chefe da polícia de Los Angeles, Robert Luna, classificou como "preliminar" o número de cinco mortes e afirmou que uma busca extensa por vítimas será realizada assim que as condições permitirem
O chefe de polícia também destacou que o número de vítimas pode aumentar devido aos dois grandes focos de incêndio que cercam a cidade: o de Pacific Palisades, no oeste, e o de Eaton/Pasadena, no norte.
Causas do incêndio
Os especialistas atribuem a intensidade e a rapidez do fogo às mudanças climáticas. Apesar de ser inverno – estação em que incêndios são raros –, fatores climáticos extremos criaram condições propícias para o avanço das chamas:
- A região está enfrentando uma seca severa, com chuvas abaixo da média;
- Uma temporada de chuvas entre 2022 e 2023 favoreceu o crescimento da vegetação, que agora serve de combustível para o fogo;
- Temperaturas acima da média têm sido registradas em quase todo o sudoeste dos Estados Unidos, incluindo a Califórnia.
Outro agravante são os ventos de Santa Ana, que chegam a até 160 km/h. Esses ventos secos, que sopram de leste para oeste, cruzando uma grande área desértica, removem a umidade da vegetação, facilitando a propagação do fogo, que já se tornou uma tragédia sem precedentes para Los Angeles.