A partir da chegada de Eduardo Coudet, que coincidiu com o mata-mata da Libertadores, o Inter se mostrou uma equipe diferente na temporada. O treinador argentino passou a tirar o melhor dos jogadores que eram treinados por Mano Menezes e conseguiu extrair ótimo desempenho dos reforços que chegaram ao Beira-Rio.
A principal característica que Coudet apresenta na sua segunda passagem pelo Inter é a diversificação das estratégias usadas nos jogos da Libertadores. Mesmo com ideia de jogo ofensivo durante toda sua carreira, em alguns momentos o técnico colorado abriu mão da sua ideologia para fazer o time render e buscar resultados surpreendentes fora de casa.
Contra o River Plate, na Argentina, imaginou-se que o Inter ficaria recuado e esperando o adversário atacar. No primeiro tempo aconteceu completamente ao contrário. O time jogou, atacou e conseguiu sair vitorioso. Aquele gol foi importantíssimo no contexto dos dois jogos das oitavas de final.
A grande surpresa foi na Bolívia. Muitos apostavam em um Inter que sofreria contra o Bolívar porque não teria fôlego para atacar na altitude. A equipe entrou em campo com três zagueiros e fez um jogo de especulação. Através dessa estratégia, voltamos para Porto Alegre com a classificação bem encaminhada.
Existe a projeção de um Inter contra o Fluminense com Hugo Mallo na lateral. Não se trata de injustiça com Bustos, que tem cumprido bem sua função nos últimos jogos.
Porém, o rival carioca é extremamente qualificado no ataque. Pelo lado que joga Bustos está Keno. É um atleta agudo. A velocidade dele diante da ofensividade do lateral colorado é um risco. Por isso, será inteligente por parte de Coudet jogar com uma peça que marque melhor.
Não se trata de invenção. Chacho Coudet tem crédito por tudo que fez na Libertadores até agora. É necessário ter a confiança por parte do torcedor. O time tem demonstrado que acredita nas ideias do técnico. Quando o elenco compra aquilo que o comandante pensa, a chance de as coisas acontecerem nos 90 minutos só aumenta.