Ainda estamos vivendo o êxtase da classificação às quartas de final da Libertadores. O que aconteceu na terça-feira (8) será lembrado por muito tempo. Além do resultado, que seria maravilhoso em qualquer cenário, o roteiro escolhido para a história contada dentro do Beira-Rio triplicou a felicidade do torcedor colorado.
Esse grupo, sem alguns reforços que chegaram depois, tem uma conta alta com a torcida. Ainda em 2023 amargaram resultados ruins contra times fraquíssimos em cenários parecidos com o que foi desenhado contra o River Plate. O jogo ofereceu todas as ferramentas para mais uma partida trágica. Em algum momento daquela noite duvido que alguém não tenha pensado que tudo se repetiria quando o árbitro sonegou um pênalti ou depois da penalidade desperdiçada pelo De Pena. Tudo foi superado.
Algumas peças foram importantes nessa volta por cima. Os reforços trazidos pela direção colorado foram essenciais no sucesso contra os argentinos. Quando foi preciso, Enner Valencia mostrou por que foi artilheiro no futebol europeu. O técnico Eduardo Coudet justificou a confiança do presidente Alessandro Barcellos ao posicionar a equipe ofensivamente mesmo vençendo o confronto.
Mas acho necessário destacar um atleta em especial: Sergio Rochet. O goleiro que estava no Nacional-URU chegou ao Inter e mostrou como pode ser relevante para o contexto vermelho. Em poucos jogos já se tornou líder pela ótica da torcida e assumiu toda responsabilidade nas situações mais adversas. Tudo indica que, com o tempo, essa identificação cresça ainda mais.
No Monumental de Núñez, em Buenos Aires, Rochet fez defesas maravilhosas, que deixaram o Inter vivo para o jogo de volta. No Beira-Rio, para mais de 50 mil colorados, ele apareceu e deixou claro com sua postura que se dependesse dele nada seria capaz de tirar o clube da Libertadores. Surge um grande nome para o torcedor.