A derrota no clássico GreNal escancarou algumas deficiências do time colorado. Uma das questões mais levantadas foi a escalação que o técnico Mano Menezes optou para iniciar o confronto na Arena. O time que começou a partida não era igual ao que estava sendo utilizado até o momento no Gauchão. Confesso que achei a postura do Inter exageradamente cautelosa, ainda mais pelos problemas defensivos que o Grêmio tem. Fica a lição para um próximo jogo.
Mesmo a escalação inicial não sendo a ideal, ainda assim seria possível apresentar um futebol mais qualificado. Não quero ser definitivo sobre Baralhas, mas está tendo dificuldades para apresentar uma boa atuação desde que chegou ao Beira-Rio. Baralhas era uma das peças importantes na ideia que teve Mano Menezes para neutralizar o Tricolor no meio-campo. Não funcionou como se imaginava e acabou comprometendo o desempenho do Inter. Além dele, quase na mesma região do campo, Johnny também não conseguiu render.
Na frente, Pedro Henrique não teve o aproveitamento que o levou a artilharia do Gauchão. A mudança na forma de jogar do time sacrificou o ágil atacante colorado. Recebeu poucas bolas em profundidade para ficar no mano-a-mano com o zagueiro. Porém, na maioria do tempo, de costas para marcação, ficou difícil oferecer riscos ao rival.
Espero que Pedro Henrique não saia do time, mesmo com a entrada de Luiz Adriano. Até o momento, PH é uma das poucas notícias boas para o torcedor. Por isso, caso seja necessário alguém ceder a vaga, Wanderson é a bola da vez. No Gre-Nal, eu não tiraria PH. Mesmo em um dia de menos protagonismo ele é o atleta com mais estrela dentro do grupo. Algo sempre pode surgir por parte dele.
Outra realidade exposta pelo clássico foi a necessidade do Inter contar com reforços. No primeiro grande desafio do ano o colorado teve insucesso, deixando claro que nomes precisam agregar ao elenco para aumentar a capacidade do time em resolver partidas a partir de suas alternativas.