Apesar da provável escalação da Seleção para enfrentar a França ter a mesma base que goleou o Panamá, eu não me surpreenderei caso a técnica Pia Sundhage reforce o setor defensivo com três zagueiras. Vejo a mudança no esquema como uma possibilidade, já que Wendie Renard, ao que tudo indica, será titular no jogo deste sábado (29).
Neste ano, diante da Inglaterra, campeã da Euro, Pia usou o esquema com peças que fazem parte do time titular nesta Copa do Mundo. Na disputa da Finalíssima, no mês de abril, o time foi escalado com Lelê; Antonia, Lauren, Kathellen, Rafaelle e Tamires; Luana no meio-campo, Ary Borges na direita e Kerolin na esquerda; Bia Zaneratto e Geyse as mais avançadas no ataque. No tempo normal, os times ficaram no 1 a 1. O Brasil perdeu a disputa nos pênaltis.
Neste caso, em relação ao time que venceu o Panamá, a defesa poderia ter a presença de Kathellen, ou até mesmo Mônica Hickmann, para compor o trio de zaga, com Rafaelle e Lauren. Na frente, Geyse daria lugar à Debinha. Com isso, Adriana sairia da equipe.
Com duas laterais que apoiam muito bem no ataque, Antonia pela direita e Tamires pela esquerda, o Brasil não perderia a vocação ofensiva e teria a chance de explorar os contra-ataques.
O cuidado em reforçar o sistema defensivo leva em conta a qualidade individual das atletas da França. Wendie Renard, a zagueira artilheria, é apenas uma das preocupações.
Independentemente do momento que chega, depois do empate em 0 a 0 com a Jamaica, França sempre impôs dificuldade. Os números mostram um pouco disso: em 11 embates, o Brasil nunca conseguiu vencer.