A fase de grupos da Copa do Mundo Feminina está chegando em sua reta decisiva. Em meio à definição dos confrontos de oitavas de final, as seleções sul-americanas seguem brigando por vaga aos mata-matas. Neste momento, Brasil, Colômbia e Argentina possuem chances matemáticas. Ainda, há possibilidade de um confronto entre as equipes do mesmo continente na etapa seguinte.
Colômbia
Liderada por aquela que deve ser uma das grandes revelações da Copa, a Colômbia, de Linda Caicedo, conquistou um resultado histórico sobre a Alemanha, no último domingo. Com gol nos acréscimos, a vitória por 2 a 1 interrompeu uma invencibilidade alemã de 20 jogos na fase de grupos. Até então, a única derrota havia sido na edição de 1995. Segunda força do futebol sul-americano feminino, ficando atrás apenas do Brasil, a Colômbia encaminhou a classificação.
Linda Caicedo vem sendo o grande nome desta seleção. Aos 18 anos, a jogadora do Real Madrid encanta pelas belas jogadas, mas especialmente pelo poder de decisão: em dois jogos, já são dois gols.
Contra a Alemanha, Mayra Ramírez, a dona da camisa 9, chamou a atenção pelos confrontos contra a defesa alemã. Ajudou construir e a segurar jogadas no ataque, além de não desistir de nenhuma bola. Aos 24 anos, ela é uma das atletas da Colômbia que já fora do país. Atua no Levante, da Espanha.
Autora do gol da vitória, a lateral Manuela Vanegas foi outro nome que se destacou na partida e ajudou a impedir as ações do ataque alemão. A meia Catalina Usme, que teve acerto de 65% nos passes, foi mais uma peça operária no esquema para auxiliar na criação de jogadas e na marcação.
É necessário atenção com a Colômbia já que ela poderá cair no grupo do Brasil, dependendo do cenário da última rodada.
Brasil
A Seleção chega para a última rodada em uma situação que até não chama a atenção. A partir dos resultados de França e Jamaica, a equipe, neste momento, está fora da zona de classificação. No entanto, para carimbar a vaga para as oitavas, o Brasil depende apenas de si. O duelo decisivo será contra as jamaicanas.
A derrota para a França trouxe alguns alertas em relação ao desempenho. O gol de Wendie Renard, que decretou a vitória, mostrou que um erro deste tipo, novamente, poderá decretar o fim do sonho na Copa do Mundo.
A tomada de decisão também diz respeito quando a bole estiver sob a posse das brasileiras. O Brasil terá a oportunidade de impor o seu jogo, mas para isso terá de evitar e saber lidar com ansiedade na troca de passes, nos movimentos de ataque, e quando tiver a chance de matar o jogo.
Argentina
Com um ponto somado em duas partidas, a Argentina ainda chega para a última rodada com chances de classificação. No entanto, vai encarar a principal força da chave, a Suécia. O empate com a África do Sul, depois de estar perdendo por 2 a 0, trouxe um nível de confiança para o grupo.
Ao mesmo tempo, pelo nível de desgaste nesta partida, o técnico Germán Portanova precisará encontrar estratégias diante de uma Suécia, que tem a particularidade de se sobressair no aspecto físico.
Sem nunca ter vencido uma partida de Copa do Mundo, a esperança dos torcedores estão em nomes como Paulina Gramaglia, Bonsegundo, Estefanía Banini, Romina Nunez e Sophía Braun.
Yamila Rodriguez é outro nome que chama atenção na Argentina. No entanto, ganhou notoriedade por uma polêmica criada por torcedores. Os argentinos criticaram o fato da atleta, que joga no Palmeiras, ter uma tatuagem de Cristiano Ronaldo e uma de Diego Maradona. Ela precisou ir até as redes sociais para explicar que não é "anti-Messi".