Guardem este nome: Linda Caicedo. Aos 18 anos, ela é o presente e o futuro da Colômbia. Conhecida por sua habilidade, dribles e gols, a atacante, que já foi apelidada de Neymar, é a prova da própria superação. No jogo contra a Coreia do Sul, em sua estreia na Copa do Mundo Feminina, ela tornou-se a mais jovem a marcar gol em um Mundial por sua seleção.
A ascensão meteórica de sua carreira não foi feita apenas de belos lances. A menina teve de lidar com problemas de gente grande. Aos 15 anos, foi diagnosticada com câncer de ovário. O caso ocorreu durante o período de pandemia, quando as atividades estavam paralisadas. Passou por cirurgia e sessões de quimioterapia. Naquele momento, desistir do futebol parecia o único caminho a seguir.
— Naquele momento, eu não achei que fosse possível jogar profissionalmente de novo por causa de todos os tratamentos e cirurgias que eu tinha de enfrentar — contou, em entrevista à Fifa antes de a Copa começar.
A batalha foi vencida. E o que se viu na Copa América do ano passado foi uma habilidade que surgiu para o futebol profissional aos 14 anos, no América de Cali. As boas atuações logo geraram interesse de outros clubes locais. Chegou ao Deportivo Cali em 2020 e, neste ano, foi anunciada pelo Real Madrid, com um contrato de cinco temporadas:
— Eu pude me recuperar e ter o apoio da minha família. E agora me sinto muito bem, o que ocorreu me fez crescer.
A estreia na Copa do Mundo foi apenas mais um passo de uma carreira promissora. Segundo a Fifa, ela é a jogadora mais jovem da história da seleção colombiana a fazer gol em um Mundial, pela seleção principal, aos 18 anos e 153 dias.
Além disso, tornou-se a primeira atacante, entre homens e mulheres, a marcar nas últimas edições de Mundiais sub-17, sub-20 e na Copa do Mundo profissional.
Não há barreiras que possam parar Linda Caicedo.