A vitória estava nas mãos do Inter. O jogo estava sob controle e o time colorado teve a bola do jogo na cabeça de Hyoran. Esse é o resumo que define a frustração por ter empatado e deixado para trás dois pontos importantes no Heriberto Hülse.
Esse é o sentimento: perdemos dois pontos. E não foi por não ter centroavante para escalar. Coudet fez boa escolha: colocou Lucca Drummond, e o garoto foi bem. Teve boas tomadas de decisão e participou do gol de Bruno Henrique, com ótima assistência.
A peça ofensiva não era o problema. Não precisava mexer lá na frente. Mas Coudet tomou a decisão errada ao tirar Drummond e colocar Hyoran, que ganhou mais uma chance e nada fez. Ele estar na frente de Gustavo Prado e Gabriel Carvalho é um erro que comete o treinador.
A mudança mexeu na estrutura do time e permitiu ao adversário crescer no jogo. Sem uma referência de área para marcar, o Criciúma foi à frente, pressionou e conseguiu empatar, em um erro coletivo do sistema defensivo que parecia seguro antes das trocas. Não fosse o goleiro Fabrício, poderíamos ter perdido.
Todos técnicos de futebol contam com "bruxinhos" no elenco. Não é exclusividade de Coudet. Mas o caso Hyoran precisa ser observado pela direção.
O clube investe milhões em categorias de base e quando os jovens chegam precisam lidar com preferências do treinador que "barram" o crescimento deles. Gustavo Prado está entrando no final dos jogos. Em Criciúma, entrou depois dos 40. E Gabriel Carvalho foi arquivado após dar assistência para Wesley marcar em Salvador, contra o Vitória.
Se o treinador não está vendo que os pratas da casa precisam de mais chances, a direção precisa encostar nele e, no mínimo, acabar com a bruxaria.