Borré já estreou, mas ainda não tivemos a chance de assisti-lo ao lado de Valencia no ataque colorado. No entanto, já há uma projeção de data para que isso ocorra, e Coudet terá tempo para preparar o time para a entrada do colombiano.
O técnico argentino não pode repetir o que fez Mano Menezes no ano passado, quando recebeu Valencia e não tinha um modelo de jogo pronto que favorecesse o centroavante. Na estreia dele no Rio de Janeiro, contra o Fluminense, pelo Brasileirão, Enner foi escalado como extrema pelo lado direito, para marcar Marcelo, totalmente fora de posição. A decisão queimou Mano, que logo foi demitido para a chegada de Coudet.
O Inter lutou para antecipar a chegada de Borré e, por óbvio, ele será titular. Só não é ainda porque não chegou a tempo de ser inscrito no Gauchão. Coudet precisa montar o time para tê-lo no ataque junto de Valencia.
Vocês lembram o que pedíamos ano passado? Um parceiro para Valencia, né!? A direção foi buscar Alario e Borré. Mas Coudet escalou o time poucas vezes com dois atacantes. A preferência tem sido por Alan Patrick mais à frente, encostando em Valencia. Está na hora de usar, juntos, Valencia e Alario.
Mas quem sairia do time? Eu tiraria Wanderson. Sei que isso implicaria em uma mudança de modelo de jogo, mas não vejo outra alternativa. Tirar Bruno Henrique para colocar mais um atacante deixaria a equipe vulnerável na marcação.
Thiago Maia vai entrar nessa vaga, assim que tiver condições. Valencia aberto pela esquerda e Alario centralizado, fazendo o pivô, podem casar bem e seria o teste necessário para aguardar a entrada de Borré.
Valencia não teria a mesma obrigação defensiva de Wanderson, que faz isso muito bem. Seria preciso segurar um pouco mais as descidas dos laterais e proteger um pouco mais o setor esquerdo com um dos volantes. O fato é que Coudet precisa testar.
Sem Borré no Gauchão e com a possibilidade de preservação de titulares contra o Belgrano, na estreia da Sul-Americana, um ataque com Valencia e Borré deverá ser escalado somente no dia 13 de abril, contra o Bahia, no Beira-Rio, na primeira rodada do Brasileirão.
Até lá, Coudet tem de acostumar a equipe a jogar com dois lá na frente. Caso contrário, irá repetir o erro grave cometido por Mano Menezes.