Nós, colorados, chegamos ao Beira-Rio com a expectativa de uma grande vitória, de mais uma grande atuação, como foi no Brasileirão do no ano passado. Um Inter sobrando e podendo fazer cinco gols. Não foi isso que aconteceu.
O Colorado teve dificuldades no início da partida, começando de uma forma muito estranha, quando Bustos, no aquecimento, machucou o nosso principal jogador. Aí já estava indo 50% do favoritismo por água abaixo. Mas Valencia entrou em campo e até fez a primeira jogada colorada — em um chute que Marchesín pegou, o único até o Grêmio começar a jogar.
Gustavo Nunes realmente preocupou a defesa do Inter e deixou o experiente Renê atordoado. Assim, inexplicavelmente, ele fez um gol contra. Depois disso, o time colorado, no seu pior momento, chegou ao empate com um gol de Mauricio, em seu primeiro jogo como titular em 2024.
Mas nem o gol do camisa 27 devolveu poder ofensivo ao Inter de Coudet. Voltamos a enfrentar dificuldades para chegar ao gol do Grêmio e não fizemos mais isso até o intervalo. A zaga sem Gabriel Mercado não foi a mesma.
No entanto, outro argentino entrou e teve estrela: Lucas Alario. O atacante fez o gol de empate. A partir daí, com uma arbitragem insegura e o Grêmio atacando mais, o Inter tentava de alguma forma, já sem Valencia, fazer o gol da vitória. O empate seria com gosto de derrota.
Alan Patrick fez grande diferença neste Gre-Nal, que acabou 3 a 2, e foi muito diferente em relação ao outro do ano passado, que teve o mesmo placar. A atuação era discreta, mas ele apareceu quando mais precisamos.
Kannemann, que praticou o anti-jogo durante 90 minutos, se descuidou nos acréscimos e Alan Patrick chamou o argentino para dançar. Não houve outra alternativa que não puxar o colorado com os braços. Pênalti que o camisa 10 converteu, dando mais uma vitória a Coudet em clássicos.
Sobre Renê, eu o defendi por muito tempo, mas está nítido que precisamos de outro lateral-esquerdo. Enfim, o Inter fecha o primeiro turno com uma rodada de antecedência e com uma larga vantagem, confirmando aquilo tudo projetávamos: um favoritismo na primeira parte do campeonato.
A distância só aumenta. Agora já são 21 vitórias a mais em clássico Gre-Nal.