Tulio Milman
Em meio ao circo em que se transformou a sessão do impeachment de Dilma Rousseff, um parlamentar gaúcho se dirigiu, circunspecto, ao microfone para anunciar seu voto “sim”. “Que Deus nos dê serenidade para encarar tudo o que virá pela frente”, emendou, em tom grave, naquele 17 de abril de 2016. A frieza preocupada e profética contrastava com o alarido absurdamente festivo do Congresso. A frase de José Fogaça, que não é petista e votou a favor do afastamento da presidente, acabou ofuscada diante de tantos “abraços aos meus filhos e ao povo de Cafundó ”. O termo “família”, aliás, foi usado mais de 110 vezes no plenário.
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