As primeiras ideias expostas pelo novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, indicam uma mudança positiva no governo federal. A defesa da vacina, a condenação aos tratamentos não comprovados, o compromisso com o combate à covid-19 e o apelo à união e ao distensionamento podem significar duas coisas: ou a esperança de que, finalmente, depois de mais de 300 mil mortes, o presidente Jair Bolsonaro entendeu a gravidade do momento, ou que seu novo titular da Saúde não irá durar muito no cargo. Façam suas apostas.
Pelo menos dois dos antecessores de Queiroga caíram antes por defender posturas similares às que ele apresentou em sua primeira entrevista. Os insucessos de Luiz Henrique Mandetta e de Nelson Teich, que bateram de frente com os devaneios de Bolsonaro, empurraram o Brasil para um abismo sanitário e colocaram o país na vergonhosa condição de ameaça global.
Já perdemos muito tempo e muitas vidas. A História fará seu julgamento, que certamente será severo com os que negaram ou debocharam de uma doença devastadora e grave.
Agora, quando nossas UTIs ainda estão lotadas e os cemitérios cada vez mais cheios, nossas energias precisam de foco. Ele é um só: travar a circulação do coronavírus, vacinando em massa e cuidando dos nossos doentes. Se o novo ministro realmente conseguir fazer o que promete, estamos diante de uma boa notícia. Tardia, sim. Mas bem vinda. Só falta ser verdade. Tomara.