Não é o prefeito, o governador ou o presidente que devem decidir se as crianças voltam às aulas ou não. Especialmente enquanto houver algum risco envolvido, até que uma vacina confiável chegue a todos. Só quem pode tomar essa decisão são os pais ou cuidadores. É uma responsabilidade intransferível.
Mais uma vez, como tem nos ensinado a pandemia, o limite entre certo e errado é relativo e, em muitos casos, individual. Trata-se aqui de pensar no que é melhor para as crianças. Se elas estão fora de escola, mas expostas e um alto risco de contaminação e contágio, por ficarem em ambientes sem controle, a escola é um lugar mais seguro.
Para as famílias que conseguem cuidar de seus filhos sem que haja risco maior, o mais indicado é evitar um ambiente coletivo no qual o vírus possa estar circulando.
Há ainda questões emocionais e de outras naturezas a nortear essa decisão. Respeitar os pais e a relação deles com seus filhos é, nesse contexto, parte fundamental desse processo mais amplo que chamamos de educação. Aos governos e às escolas cabe respeitar as famílias e garantir que elas tenham, de ambos os jeitos, acesso aos conteúdos.