Fechado ao grande público desde março devido ao coronavírus, o Museu de Ufologia, História e Ciência Victor Mostajo, em Itaara, perto de Santa Maria, vem recebendo mais telefonemas do que o normal. Na maioria, pessoas que observam movimentos desconhecidos no céu e buscam orientações. Seja uma senhora de Goiânia que avistou misteriosos fachos de luz à noite ou um morador de Porto Alegre, assustado com um brilho intenso acima de seu edifício. Fundador e diretor do museu, Hernán Mostajo explica: o primeiro caso era a luz do aeroporto da cidade e o segundo, o planeta Vênus.
Ocorre que, como as pessoas estão mais tempo em casa, acabam olhando mais para o céu e descobrindo o que sempre esteve lá. Mostajo não registrou novas aparições de objetos não identificados desde o começo da pandemia.
O fenômeno estranho é justamente esse: mais gente olhando por mais tempo para cima. Inaugurado em 2001, o museu recebe cerca de 25 mil visitantes por ano, a maioria alunos de escolas públicas e privadas. Com o fechamento determinado pela covid-19, a situação financeira se agravou. Mostajo tem usado as poucas reservas da instituição para pagar as contas.