Tulio Milman
Converso com pessoas esclarecidas que se sentem incomodadas pelo que qualificam como “onda de pânico” gerada pela imprensa. Compreendo as razões delas. As tintas andam pesadas, as notícias falam em morte e os cenários são sombrios. Sem querer ser defensivo, até porque sei que o impulso de culpar o mensageiro é natural e compreensível, não vejo outra saída além do medo. Sem ele, “seríamos presas ainda mais fáceis”. Recebi a frase ontem do primo e amigo Celso Gutfreind, psicanalista e escritor. Conversávamos sobre o país de uma forma mais ampla e eu dizia a ele sobre o meu temor. “O que faremos disso tudo no futuro?”, digitei. Foi quando ele lapidou a frase já transcrita.
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