Duas possíveis frentes estão sendo monitoradas com atenção pela Polícia, que acompanha possíveis reações violentas das organizações criminosas afetadas pela transferência de seus líderes para fora do Rio Grande do Sul. A primeira é uma eventual tentativa de demonstração de força junto às comunidades em que estão inseridas, muitas delas no Interior. Depois que as autoridades apertaram o cerco aos bandidos nos 18 municípios com maiores índices de criminalidade, houve uma migração para cidades mais distantes da Região Metropolitana. Alguns dos apenados levados para prisões federais vieram dessas localidades.
O segundo ponto de atenção é o vácuo que poderá ser criado pelo isolamento de líderes do tráfico. Não se descarta a possibilidade de disputas internas violentas pelo poder, com consequências nefastas para a população. O recado do secretário de Segurança, Ranolfo Veira Júnior foi claro. Não haverá tolerância. Centenas de agentes foram convocados extraordinariamente e só souberam o motivo quando se apresentaram, boa parte deles em cidades distantes de Porto Alegre, monitorando eventuais refluxos de uma das mais bem planejadas e executadas operações policiais da História do Rio Grande do Sul.