Era para ser apenas uma consulta, mas demorou bem mais. Tanto assim que Alisson Ivan da Silva, 20 anos, morador da Casa do Menino Jesus de Praga, acabou ficando sem almoço para não se atrasar para o trabalho.
A fisioterapeuta Bruna Freitas Velho, que o acompanhava na manhã de quarta-feira, conta que deu uma série de telefonemas em busca de um táxi adaptado capaz de transportar a cadeira não-dobrável do paciente.
Encontrou um único motorista, que avisou ter duas outras corridas similares aguardando. No fim, foram duas horas de espera. Além de Alisson, havia outras duas pessoas com deficiência que ficaram esperando para serem atendidas depois.
A EPTC admite dificuldades nessa área, que teriam sido geradas pela concorrência dos aplicativos. Os donos de táxis adaptados, que entraram no sistema por licitação, estão com dificuldades para pagar a outorga.
– Isso está gerando um grande problema – diz Fábio Berwanger, presidente da empresa que cuida do transporte na Capital.
– Mas continuamos firmes na fiscalização – garante.