Tulio Milman
A penitenciária de Canoas era o símbolo de um sistema que poderia dar certo. Construída para ser modelo, não recebia presos ligados a facções e nem condenados considerados mais difíceis de recuperar. O incentivo ao trabalho e a disciplina eram pilares que ainda continuam lá, mas sem a mesma solidez. O incêndio de domingo lança dúvidas gigantescas sobre a gestão desse complexo prisional, que até bloqueador de celular tem. A reação dos presos à instalação de um scanner corporal, equipamento de segurança capaz de detectar a entrada de drogas e armas, é a luz vermelha que não deixa opção: ou o governo reage, ou perde o pulso.
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