Alguns são personagens queridos nas ruas onde trabalham. Ajudam os moradores e, indiretamente, ajudam na segurança.
A generalização é um erro. O que devemos condenar e combater é a extorsão, infelizmente disseminada em algumas regiões da cidade. Mas, para isso, já existe lei. Dar gorjeta não é crime. Cobrar para não furar um pneu ou arranhar o carro, isso sim merece punição exemplar.
Anos atrás, nos tempos da faculdade, estava indo ao cinema quando me dei conta de que só poderia pagar o ingresso com dinheiro. Era assim. Tentei trocar um cheque em um posto de gasolina, mas não consegui. O flanelinha, na esquina da Bordini com a Casemiro, se ofereceu para me emprestar. Eu nunca tinha aparecido na TV e nem escrito no jornal. Peguei a grana e fui me divertir.
Voltei lá na segunda-feira, quis pagar com ágio, mas ele não aceitou.
