Os vizinhos catarinenses pediram, oficialmente, mudanças em uma lei gaúcha que regula a pesca no Litoral. O esforço é pela revogação de um artigo que ampliou de três para 12 milhas náuticas a área proibida para a atividade de arrasto, - equivalente a uma distância de 22 quilômetros da costa.
A alegação é de que a medida afeta, principalmente, a captura de uma espécie bastante valorizada.
– Esta proibição inviabiliza a pesca do camarão, que é um crustáceo de passagem, oriundo do Uruguai – afirma a deputada estadual de Santa Catarina Paulinha Silva (PDT).
Ela e o colega Felipe Estevão (PSL) passaram pela Capital ontem. Se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa, Luís Augusto Lara. De acordo com os parlamentares, os prejuízos para a economia pesqueira catarinense podem chegar a R$300 milhões ao ano.
Lara foi sensível aos argumentos. Lembrou que a situação também poderá gerar desemprego e prejuízos não só em Santa Catarina, mas também no Rio Grande do Sul. O assunto será compartilhado com a mesa diretora da Assembleia ainda nesta terça-feira (9).
Já o governador Eduardo Leite, em encontro com o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, no mês passado, disse que equipes técnicas dos dois Estados já estão em contato para buscar uma solução para a exploração correta dos recursos pesqueiros.