Nos 25 anos do Plano Real, comemorados neste mês, a coluna buscou com o IBGE um balanço de como foi a variação dos preços nos principais grupos de despesas. Nestas duas décadas e meia, a inflação do país soma alta de 508% – bem menos do que o acumulado apenas nos seis meses anteriores à implantação do conjunto de medidas que estabilizou a moeda e o poder de compra dos brasileiros.
Os gastos com habitação subiram forte desde então: 1.017%. Educação, despesas pessoais e saúde também pressionaram. Artigos para o lar, vestuário e alimentação tiveram aumento médio menor.
Símbolo do plano que acabou com a hiperinflação, o frango ficou 457% mais caro de lá para cá. Em julho de 1994, era possível comprar um quilo a R$ 1. O iogurte, que ficou mais acessível à população de baixa renda, teve alta de 268% no período.
Veja abaixo os acumulados dos grupos que integram o IPCA, a inflação oficial do país.
- Habitação: 1.017,44%
- Comunicação*: 749,69%
- Educação: 690,36%
- Despesas pessoais: 626,18%
- Saúde e cuidados pessoais: 582,14%
- Inflação (IPCA): 508,17%
- Alimentação e bebidas: 488,13%
- Transportes*: 465,56%
- Vestuário: 272,80%
- Artigos de residência: 173,90%
*De 1994 a 1999, a estrutura do índice de preços agrupava os grupos Transportes e Comunicação.