Sergio Moro é um ótimo nome para qualquer ministério, inclusive o futuro superministério da Justiça, mas não agora.
Fico pensando no que os livros de história vão dizer daqui a 50 anos. O juiz que se transformou em símbolo do combate à corrupção, cujas decisões influenciaram diretamente no resultado da eleição presidencial, foi para o governo de Jair Bolsonaro, o candidato vencedor.
O futuro governo, com essa decisão, abre a guarda numa das áreas que foi responsável pela sua eleição, que é a ética. Afinal, terá entre seus integrantes aquele que exerceu papel decisivo no resultado.
A decisão legitima o discurso do golpe, com o qual nunca concordei. Identifico total lisura e coerência jurídica no impeachment de Dilma Rousseff. Foi uma decisão legitimamente política.
Agora, quem gritava que o juiz da Lava-Jato estava a serviço de um projeto pessoal, e não da Justiça, levantará sua voz novamente.
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