Tulio Milman

Tulio Milman

Consultor, formado em Jornalismo pela PUCRS e com especializações em Marketing pela ESPM, Recursos Humanos pela EAE (Espanha) e Storytelling por Stanford (EUA). Visitante convidado pela Wharton School em 2017 (Pensilvânia, EUA). Escreve semanalmente em ZH e GZH.

Sob fogo cerrado

Criticar, sim. Torcer contra, jamais.

Nunca um presidente foi tão criticado antes mesmo de assumir

Tulio Milman

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MAURO PIMENTEL / AFP
Presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL)

As críticas as análises são normais e saudáveis durante a afirmação de um governo, mas não podem ser confundidas com torcer contra. Jair Bolsonaro assumirá em janeiro, mas boa parte da intelectualidade, da academia e dos CCs de esquerda desempregados, aderiu ao antigo "não viu e não gostou".

Democracia vai muito além do processo eleitoral. Escolher um presidente pelo voto é só o começo. Ninguém é obrigado a gostar ou a concordar com Bolsonaro. Mas quem se diz defensor da democracia e da liberdade te o dever – não é favor, é dever mesmo – de aceitar o resultado e só julgar o que efetivamente foi anunciado ou dito. O  exagero começa quando a má vontade se estende ao que ainda não aconteceu.

Um dia antes da eleição escrevi um texto com o título "Vai ter terceiro turno". Infelizmente, acertei. Quem me lê sabe, desde muito tempo atrás, o que penso sobre o radicalismo verbal de Bolsonaro e sobre o desserviço que o PT fez ao Brasil. Sou desprovido de paixões políticas e o ódio que transbordou dos discursos para as ruas e para as redes sociais me entristeceu.

Mas agora, esse momento acabou. A eleição ficou no passado e a hora é de torcer para que o governo dê certo. Jair Bolsonaro será o presidente do Brasil a partir de 1º de janeiro. Se ele acertar, ganharemos todos. Se ele errar, perderemos todos.

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