O efeito manada nos embretou. Ficamos horas discutindo se as marcas feitas na pele de uma jovem em Porto Alegre eram um símbolo nazista ou budista.
O assustador é que as marcas tenham sido feitas. Há muitas perguntas e poucas respostas que esclareçam o que realmente aconteceu. Se ficar provado que a provável vítima foi realmente atacada, imobilizada e cortada, isso é o grave. Mais ainda se a tese da suástica prevalecer.
Mas poderia ter sido um coração, ou a marca do Zorro. O significado é menos importante do que os motivos e as circunstâncias. Ninguém pode desenhar à força na pele de ninguém, seja o que for.
Se a investigação deparar com outras verdades, que pelo menos elas nos ajudem a aceitar que a pressa, muitas vezes, é inimiga da verdade. E que deixa marcas de difícil cicatrização.
Atualmente, parece que temos todos de assumir posição e verborragizar opiniões em frações de segundo. É nesse sentido que a pressão atua. É no oposto que devemos resistir.