Ticiano Osório

Ticiano Osório

Jornalista formado pela UFRGS, trabalha desde 1995 no Grupo RBS. Atualmente, é editor em Zero Hora e escreve sobre cinema e seriados em GZH e no caderno ZH2.

Streaming

Documentários cotados ao Oscar podem ser vistos em casa

Site da revista Variety atualizou nesta quinta-feira (7) sua lista de apostas. Pelo menos 12 títulos estão disponíveis no Brasil

Ticiano Osório

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Netflix / Divulgação
"As Mortes de Dick Johnson", dirigido por Kirsten Johnson, é nome praticamente certo no Oscar de melhor documentário

O Oscar de melhor documentário ganhou atenção especial do público brasileiro no ano passado, quando Democracia em Vertigem, da diretora Petra Costa, concorreu (o filme sobre a turbulência política no país desde o impeachment de Dilma Rousseff até a eleição de Jair Bolsonaro foi derrotado por Indústria Americana). 

Nesta quinta-feira (7), o site da centenária revista Variety, com sede em Los Angeles, atualizou sua lista de apostas para a disputa da categoria em 2021. Entre os 25 títulos destacados e os mais de 50 apenas citados, não há representantes do Brasil — nem mesmo BabencoAlguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou, nosso escolhido para tentar uma vaga na premiação para melhor filme internacional.

Se serve de consolo, pelo menos 12 documentários já podem ser vistos por aqui, em plataformas de streaming como Amazon Prime Video e Netflix, incluindo os dois primeiros colocados do ranking e mais quatro do top 10. Sobre alguns, eu já escrevi colunas (clique nos links), sobre outros, falarei em breve.

Netflix / Divulgação
Pai da cineasta Kirsten Johnson protagoniza "As Mortes de Dick Johnson"

As Mortes de Dick Johnson (1º na lista) — Ao homenagear em vida seu pai, um octogenário que começa a apresentar os sinais do Alzheimer, a documentarista Kirsten Johnson também celebra o ofício do cinema, capaz de eternizar as coisas e as pessoas, e capaz também de matar sem matar. (Netflix)

Amazon Prime Video / Divulgação
A ativista política Stacey Abrams é estrela de "Até o Fim: A Luta pela Democracia"

Até o Fim: A Luta pela Democracia (2º) — As diretoras Lisa Cortés e Liz Garbus analisam a história e o ativismo contra a supressão de eleitores — especialmente os negros, os nativo-americanos e os latinos — nos Estados Unidos. (Amazon Prime Video)

Amazon Studios / Divulgação
Vídeos caseiros do casal Richardson ajudam a contar a história de "Time", de Garrett Bradley

Time (5º) — De forma poética e não linear, com o uso de muitos vídeos caseiros, a diretora Garrett Bradley documenta a luta de uma mulher negra para tirar da cadeia seu marido e o pai de seus quatro filhos, condenado a 60 anos de prisão. (Amazon Prime Video)

Apple TV / Divulgação
"Welcome to Chechnya" aborda perseguição àpopulação LGBT+ na Rússia

Welcome to Chechnya (6º) — Premiado nos festivais de Berlim, Sundance e São Paulo, faz uma denúncia sobre a violenta perseguição à população LGBT+ na Rússia. A direção é de David France. (Apple TV, Now, Google Play e YouTube)

Apple TV / Divulgação
"Boys State" mostra a simulação de um governo representativo

Boys State (7º) — Os diretores Amanda McBaine e Jesse Moss contam a história de um grupo de adolescentes americanos que se unem para simular um governo representativo. (Apple TV)

Netflix / Divulgação
Foto de arquivo do acampamento Jened, cenário de partida de "Crip Camp: Revolução pela Inclusão"

Crip Camp: Revolução pela Inclusão (8º) — Os diretores James Lebrecht (ele próprio nascido com espinha bífida) e Nicole Newnham recuperam o cotidiano de um acampamento de verão onde, no início dos anos 1970, sob supervisão de hippies, adolescentes com deficiência física ou mental plantaram as sementes da luta por um mundo mais inclusivo. Barack e Michelle Obama são produtores executivos. (Netflix)

Melissa J. Perenson,Netflix / Divulgação
A ginasta Maggie Nichols em "Atleta A"

Atleta A (16º) — Os diretores Bonni Cohen e Jon Shenk reconstituem os casos de abuso sexual cometidos pelo médico Larry Nassar contra centenas de ginastas americanas, incluindo medalhistas olímpicas, e acobertados pela federação do esporte. (Netflix)

Netflix / Divulgação
Craig Foster em "Professor Polvo"

Professor Polvo (24º) — A história de aproximação entre um documentarista sul-africano, Craig Foster, e um Octopus vulgaris é acompanhada de muito perto pelos diretores Pippa Ehrlich e James Reed. (Netflix)

Não ranqueados

Netflix / Divulgação
"Vozes que Inspiram" celebra o dramaturgo August Wilson, de "A Voz Suprema do Blues"

Disclosure — Personalidades como Laverne Cox (da série Orange Is the New Black) e Jaye Davidson (do filme Traídos pelo Desejo) avaliam o impacto de Hollywood na comunidade transgênera. Direção de Sam Feder. (Netflix)

Vozes que Inspiram — Seis estudantes de teatro negros encaram testes para a competição de monólogos com textos do dramaturgo August Wilson (o mesmo de A Voz Suprema do Blues). Tem direção de James D. Stern e Fernando Villena e participação dos astros Viola Davis e Denzel Washington. (Netflix)

Pai, Filho, Pátria — Depois de ser gravemente ferido no Afeganistão, um pai embarca com os filhos em uma jornada de sacrifícios em busca de redenção. (Netflix)

O Dilema das Redes — O diretor Jeff Orlowski mostra o lado nocivo de plataformas como Facebook, Google, Twitter, YouTube e Instagram e aponta efeitos globais de comportamentos pessoais. (Netflix)

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