O Caso Dreyfus, que teve início em 1894, na França, é considerado um símbolo da injustiça e um prenúncio da onda antissemita que desembocaria na Segunda Guerra Mundial. Não tardou a despertar o interesse do cinema, arte que dava seus primeiros passos: em 1899, por exemplo, o pioneiro Georges Méliès dirigiu 11 curtas-metragens de um minuto cada, nos quais reconstitui a prisão e os julgamentos do capitão erroneamente acusado de traição. No mesmo ano, nos Estados Unidos, o ator Bernard H. Paris viveu Alfred Dreyfus (1859-1935) duas vezes. Mais de um século e dezenas de longas, séries e telefilmes depois, a história volta às telas. Em O Oficial e o Espião, que entrou em cartaz na quinta-feira (12), o episódio continua um exemplo de como as mentiras podem se sobrepor à verdade, como o Estado pode ser arbitrário em relação ao indivíduo, como a sociedade pode ser preconceituosa. Mas também passa a refletir no passado, sob uma ótica um tanto distorcida, o presente de seu diretor, Roman Polanski.
Estreia
Em "O Oficial e o Espião", Polanski se compara a Alfred Dreyfus
Adaptação do cineasta para notório caso de injustiça na França do final do século 19 está em cartaz
Ticiano Osório
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