Que saudade que eu estava de vocês! Durante as férias em Buenos Aires, muitos leitores trocaram ideias comigo pelas redes sociais. O destino, tão pertinho dos gaúchos, é meu preferido há mais de uma década.
O período mais longo que passei sem visitar a capital argentina foi na pandemia — e esse retorno foi especial. A cidade e a economia também foram afetadas nos últimos anos, mas Buenos Aires vem se reerguendo de uma maneira muito bonita e com a esperança de dias melhores. A seguir, confira algumas dicas:
Voo
Fui a Buenos Aires em voo direto da Aerolíneas Argentinas desde Porto Alegre. Os valores ainda estão altos, mas viajando no meio da semana e pesquisando bastante é possível encontrar trechos até pela metade do preço original. Os voos ainda não são diários e é sempre mais barata a passagem só com bagagem de mão.
Na Aerolíneas é permitido trazer até cinco litros de vinho na bagagem de mão: seis garrafas, que devem estar lacradas e conter, cada uma, até um litro e até 24% de álcool.
Se você viajar com outra companhia aérea, pergunte sobre as regras no embarque, especialmente se houver escalas no Brasil.
Câmbio
Existem hoje na Argentina dois câmbios — o oficial e o paralelo (blue). O segundo vale quase o dobro, tanto para real quanto para dólar. Levei alguns dólares (porque já tinha) e troquei por lá. Mas o melhor câmbio que consegui foi por aplicativos de envio de dinheiro ao exterior. O envio é feito via Pix da sua conta do Brasil e retirado em pesos na Argentina. Preste atenção nos detalhes para garantir o envio com segurança, certo?
No meu Instagram, @sarabodowsky tem um reels com mais detalhes sobre essa minha experiência. Cartões de débito em dólar — de contas internacionais — e o próprio cartão de crédito brasileiro não compensam porque se perde muito no câmbio, além do IOF. Alguns lugares turísticos até aceitam dólares, mas não reais. Leve sempre pesos com você.
Hospedagem
Curto alugar imóveis por aplicativos como AirBnb porque amo “viver” a cidade, fazer compras para cozinhar, usar a sacada para um mate. Mas Buenos Aires tem muitas opções de hospedagem e os aplicativos de reserva ajudam. Uma agência de viagens de confiança também agiliza. Sobre os melhores bairros para se hospedar: para a primeira vez, sugiro a região do Microcentro (avenidas movimentadas), San Telmo ou na região da Recoleta ou Plaza San Martín/Av. Santa Fé. Para curtir a vida de bairro, sugiro Palermo e Villa Crespo e Chacarita, repletos de cultura e gastronomia.
Onde comer
Buenos Aires é o paraíso da boa comida. E não apenas pelos assados, media lunas, massas e vinhos. A gastronomia portenha é das mais ecléticas do mundo. Nessas três semanas, curti comida armênia (o disputado Sarkis, em Villa Crespo), coreana (Mr. Ho e Fa Song Song, no Microcentro), e até vietnamita (Cang Tin, em Palermo).
As tradicionais parrillas estão em todo lugar. O La Brigada (San Telmo) é sempre qualidade garantida, mesmo com valor mais alto. Se topar sair da região turística, o El Ferroviário (Liniers, ao lado do estádio do Velez Sarsfield) virou meu preferido — evite fins de semana: a espera é longa. Sugiro também as casas Narda Comedor e Lokanda, de Narda Lepes.
Alguns cliques durante a viagem: