O presidente da Federação dos Hospitais do Rio Grande do Sul, Cláudio Allgayer, refuta a hipótese de que as instituições que suspenderam o atendimento aos segurados do IPE Saúde estejam fazendo chantagem.
Allgayer garante que os hospitais não querem compensar no superfaturamento dos medicamentos o que perderam com a mudança na forma de remuneração:
— Queremos que isso seja repassado para diárias e taxas, cobrindo os custos. Todos os planos de saúde já fizeram esses ajustes, mas o IPE ainda não. As nossas diárias e taxas, pelas novas tabelas, são menores do que a Unimed, o Bradesco ou o Cabergs pagam. É um modelo que não existe no país e que o IPE quer impor aos hospitais.
O governo diz que aceita negociar a valorização dos serviços, desde que dentro do orçamento e da razoabilidade. O presidente do IPE Saúde tem dito que, com as novas tabelas, as diárias e os valores pagos por procedimentos estão próximos ou acima dos adotados por outros planos de saúde.
PGE prepara ação judicial
A Procuradoria-Geral do Estado prepara uma ação judicial contra os 18 hospitais que suspenderam o atendimento a segurados do IPE Saúde. Como se trata de um descumprimento de contrato firmado com um ente público, só a PGE tem legitimidade para entrar com ação e pedir liminar à Justiça para que os hospitais voltem a atender enquanto prosseguem as negociações.