Depois de nove dias de viagem, o governador Eduardo Leite retorna ao Brasil nesta segunda-feira (22), após participar da tradicional Feira de Hannover, que ele ainda não conhecia. Leite repetirá na mais tradicional feira industrial do planeta o discurso que fez nos diferentes encontros e reuniões com empresários em Verona, Roma e Hamburgo: que o Rio Grande do Sul está conectado à agenda de descarbonização e pronto para receber investimentos na produção de energia limpa.
Leite falará no início da tarde de segunda-feira no Fórum Brasil-Alemanha e apresentará o Rio Grande do Sul como um Estado com alto índice de desenvolvimento humano, universidades públicas e privadas altamente qualificadas e uma economia diversificada, a quarta maior do país.
Dirá que, embora seja conhecido como um dos maiores produtores de grãos do país, o Estado tem vocação para a indústria de alta tecnologia e quer retomar a ideia de se transformar em um hub da saúde, seja na produção de medicamentos, seja na fabricação de equipamentos hospitalares.
— Queremos retomar as conversas com o Medical Valley, da Alemanha, iniciadas no governo de José Ivo Sartori, e que acabaram prejudicadas pela pandemia. Temos de apostar em um ecossistema, envolvendo os centros tecnológicos das nossas universidades — disse o chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
O secretário lembrou que o Rio Grande do Sul, por ter o maior percentual de idosos do país, é também um mercado promissor para as empresas da área da saúde. Ao mesmo tempo, a ideia é tornar o Estado atraente para os jovens que hoje migram para outras regiões e atrair imigrantes que queiram, como fizeram os alemães há 200 anos e os italianos há 150, desbravar o Estado, agora usando a alta tecnologia como ferramenta.
Na abertura da Feira de Hannover de 2024, Leite sentou-se entre os presidentes da Fiergs, Gilberto Petry, e da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), Flávio Roscoe. Chamou sua atenção o fato de todos os discursos terem tratado de temas que estão no radar de empresas, governos e sociedade: as mudanças climáticas e a necessidade de acelerar a transição energética, a guerra e suas consequências nefastas para a economia e necessidade de diversificação de mercados, para evitar a dependência excessiva de um ou outro país.
Lili Marlene
Fluente em inglês, francês e espanhol, o governador Eduardo Leite encerra a viagem à Europa disposto a encontrar tempo para apender um pouco de italiano e de alemão. Acredita que, pela proximidade com o português, aprenderia fácil.
De alemão ele conhece a lógica da formação das palavras e algumas expressões essenciais, mas aprendeu a cantar Lili Marlene, imitando até a entonação de Marlene Dietrich, como mostrou a quem estava próximo enquanto esperava o trem para Hannover na Estação Central de Hamburgo.