No convite “pessoal e intransferível” encaminhado aos deputados e deputadas da base do governo para uma reunião de trabalho com empresários e presidentes de entidades de classe, na próxima quarta-feira (10), está escrito que o tema é “construção da nova agenda de desenvolvimento econômico do Estado”. O encontro começa às 14h e vai até as 17h, no Salão Negrinho do Pastoreio (o principal do Palácio Piratini), e está sendo organizado pelo chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
“Sua presença é fundamental para colaborarmos juntos na construção de um futuro mais próspero para o Rio Grande do Sul”, diz o convite recebido pelos parlamentares, informando que a reunião terá a presença do governador Eduardo Leite.
O convite não fala em ICMS e o chefe da Casa Civil garante que o tema não será tratado nesse encontro. O material de apoio encaminhado para leitura prévia trata da “nova agenda de desenvolvimento do Estado e a construção de iniciativas baseadas em tendências globais".
O texto começa dizendo que nas últimas décadas o Rio Grande do Sul apresentou crescimento econômico aquém de suas potencialidades, indicando a necessidade de uma revisão no modelo de desenvolvimento. Acrescenta que é preciso acelerar o crescimento e, para tanto, é crucial fortalecer a produção local. A estratégia de crescimento “inclusivo e sustentável” passa pela participação ativa do governo, das entidades empresariais, das universidades e da sociedade civil. O documento diz que essa estratégia estabelecerá as bases para “uma nova era de prosperidade econômica sustentável para toda sua população, em uma política de Estado que gerará benefícios para diversas gerações”.
A palavra “futuro” aparece em destaque no material, a começar pela criação de um “conselho do futuro” e de um portfolio de projetos de futuro, que a recém-criada Agência de Desenvolvimento terá a incumbência de correr atrás para tirar do papel.
Aliás
Embora o chefe da Casa Civil garanta que no encontro entre empresários e deputados não estará em discussão o aumento do ICMS, é impossível pensar em um plano de desenvolvimento que não inclua a sustentabilidade das contas públicas.