Depois de analisar as pesquisas que mostram queda na popularidade do presidente Lula, seus conselheiros concluíram que o problema não está nas suas declarações em relação a Israel ou à Venezuela, mas no aumento do preço dos alimentos. É a inflação que corrói a imagem de qualquer governo, porque bate no bolso do eleitor, especialmente o de baixa renda.
Sentindo a água bater na barba, Lula convocou uma reunião de emergência com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, da Fazenda, Fernando Haddad, e da Casa Civil, Rui Costa, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto.
Lula determinou que os ministros estudem medidas para estimular a produção de alimentos e equilibrar os preços.
O novo Plano Safra, que está em elaboração nos ministérios, deverá trazer medidas específicas para estimular a produção de arroz, feijão, trigo, milho e mandioca. Onde as condições climáticas permitirem o governo vai estimular o plantio de uma terceira safra no ano.
O Rio Grande do Sul é estratégico para a estabilização dos preços, por ser o maior produtor de arroz do país e por estar colhendo uma boa safra.
Como os produtores precisam de preços atraentes para produzir alimentos, a saída encontrada é a compra de estoques pela Conab.