O adicional de 1% do Fundo de Participação dos Municípios pode ser considerado a salvação da lavoura para as prefeituras gaúchas que estavam com a corda no pescoço neste ano e corriam o risco de atrasar o 13º salário. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios mostra que, das 485 prefeituras gaúchas que responderam ao questionário, 456 (o que equivale a 94%) responderam que o adicional do FPM foi determinante para o pagamento do 13º salário.
Desse total, 354 municípios informaram já ter pago ou que iriam pagar o 13º até 30 de novembro. A consulta foi feita de 25 de outubro a 27 de novembro. De acordo com a CNM, 114 municípios informaram que atrasariam a primeira parcela e 17 que não conseguirão pagar em dia a segunda.
Em relação aos salários, 454 (93,6% das que responderam à pesquisa), estão em dia. O número é ligeiramente superior ao das prefeituras que dizem estar em dia com o pagamento de fornecedores. São 394 em dia e 90 cidades em atraso.
As prefeituras foram perguntadas se conseguiriam fechar o ano com as contas equilibradas. Nesse ponto, 382 informaram que fecharão 2023 no azul e 60 acreditam que encerrarão o ano no vermelho.
Para os 60 que previram fechar o ano com as contas desequilibradas, foi perguntado o que farão em busca do equilíbrio. Era possível apontar mais de uma resposta. A opção mais votada foi a redução de despesas de custeio, (52 municípios), seguida da redução de cargos em comissão (52) e da desativação de veículos e refinanciamento de dívidas tributárias (33).
Todas as prefeituras foram questionadas sobre o índice de confiança para 2024 e 191 (39,4%) responderam que sua expectativa é de melhora nas finanças municipais para o próximo ano. A maioria (283 prefeituras) informaram que não acreditam em um cenário positivo, enquanto 11 prefeituras não responderam a essa questão.