Antes de assumir a presidência da Assembleia, o deputado Vilmar Zanchin (MDB) disse para si mesmo que não queria fazer “mais do mesmo”. Convencido de que só a educação muda o mundo, elegeu esse tema como sua prioridade, organizou seminários com especialistas para discutir os gargalos, levou deputados para conhecer exemplos bem-sucedidos de outros Estados.
O resultado foi colhido nesta terça-feira (12) na votação dos projetos construídos em sintonia com o Executivo e que devem balizar as políticas públicas nos próximos anos.
— Se meu mandato se encerrasse aqui, estaria com a sensação de missão cumprida — disse um exultante Zanchin à coluna, quando ainda faltava votar o projeto do Ensino Profissional e Técnico, que acabaria aprovado por incríveis 48 votos a dois.
Com seu estilo discreto e agregador, Zanchin conseguiu dialogar com a oposição ao governo de Eduardo Leite. Conseguiu a adesão de uns (por convicção) e a colaboração de outros. Porque mesmo tendo votado contra, as bancada do PT, do PSOL e do PCdoB não atrapalharam. Mantiveram-se coerentes com seu discurso e fiéis a seus dogmas, mas nem de longe repetiram estratégias do passado. Provavelmente, por terem entendido que a Assembleia mudou e a sociedade quer mais do que discursos contra “tudo o que está aí”. Quer alternativas.