O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Em Porto Alegre neste sábado (19) para participar da convenção estadual do PP, que confirmou o deputado federal Covatti Filho no comando do partido pelos próximos três anos, o presidente nacional do Progressistas, Ciro Nogueira, disse que a legenda apresentará a senadora Tereza Cristina como alternativa ao Planalto em 2026.
Último líder a discursar na convenção que durou quase seis horas, Nogueira disse que o PP não pode esperar três anos para "dar soluções" ao povo brasileiro e que é preciso começar desde já a percorrer o Brasil para apresentar a ex-ministra da Agricultura de Jair Bolsonaro como opção para a presidência da República.
— Eu tenho respeito e fidelidade muito grande a Jair Messias Bolsonaro. Ele é o grande líder da direita no nosso país. Mas nós vamos começar a percorrer o Brasil para apresentar também a nossa opção como Progressistas, e essa opção se chama senadora Tereza Cristina — discursou Nogueira, sob aplausos da militância.
Após o encerramento do ato político, Nogueira disse aos jornalistas que a escolha do candidato "do centro e da direita" para as eleições de 2026 passará pelo crivo de Bolsonaro. O cacique nacional do PP afirmou que Tereza Cristina só será candidata "se contar com o apoio" do ex-presidente.
— Bolsonaro seria o nosso candidato, como o tornaram inelegível, ele vai fazer essa escolha (sobre o candidato em 2026). Mas nós temos que colocar a opção, não podemos ficar esperando — avaliou Nogueira.
Apesar da iminente entrada de membros do PP no governo Lula, Nogueira disse que o partido seguirá na oposição ao petista.
— Os progressistas jamais participarão desse governo enquanto eu for presidente. Aquele filiado que não seguir essa orientação será afastado sumariamente das decisões partidárias.
Viabilidade
Presente na convenção estadual, Tereza Cristina confirmou que o plano é viajar pelos Estados para para testar a viabilidade da sua candidatura. A senadora, porém, observou que ainda é cedo para tratar de 2026.
— Ainda está longe. Temos o nosso ex-presidente Bolsonaro. Se ele estiver inelegível até lá, nós vamos conversar, vamos fazer um trabalho pelo PP, percorrendo os vários Estados brasileiro, fazendo o nosso partido mais forte, e mais para frente vamos ver se existe viabilidade para uma candidatura do PP. Se houver viabilidade, o meu nome estará à disposição do partido.