O que mais se tem na história da suposta agressão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e a seu filho, também chamado Alexandre, no Aeroporto Internacional de Roma, são contradições e excessos. Na versão do ministro, ele foi atacado verbalmente por uma mulher que estava acompanhada do marido e de um genro. Seu filho teria sido agredido fisicamente por um dos homens e perdido os óculos na confusão.
Enquanto não se conhecem as imagens das câmeras de segurança, é prematuro tirar conclusões definitivas, mas são evidentes as contradições dos supostos agressores e os excessos da Polícia Federal.
Assim que desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, os membros da família agressora foram abordados pela Polícia Federal. No primeiro momento, a família alegou que não se envolveu em briga, que estavam apenas no meio do entrevero. Depois, tentaram passar de culpados a vítimas, se dizendo agredidos pelo filho do ministro. Por fim, admitem que a mulher se irritou porque não foi aceita numa sala vip e pensou que o ministro estava usufruindo de um privilégio. Depois, ficou sabendo que deveria ter feito reserva e não fez.
Agora, o marido até admite que usou o braço contra Alexandre Filho, mas diz que foi para proteger a esposa, que estaria sendo agredida verbalmente pelo jovem.
Para investigar uma baixaria contra o ministro mais polêmico do Supremo, a PF apreendeu celulares e computadores da família que teria praticado a agressão. Por mais abominável que seja a agressão física ou verbal, que deve ser investigada e punida, até para desencorajar outros trogloditas que se acham bacanas por agredir autoridades, não é razoável a apreensão de celulares e computadores. O que se imagina encontrar a memória desses dispositivos?