O jornalista Bruno Pancot colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Com esperança de flexibilizar a proposta de reestruturação do IPE Saúde, a bancada estadual do PT levou ao Palácio Piratini, nesta terça-feira (13), uma lista de sugestões que reduzem o impacto do projeto sobre os contracheques dos servidores. As proposições dos deputados petistas partem da premissa de que o governo precisa conceder reposição salarial de 10% ao funcionalismo para reequilibrar o plano de saúde, hipótese tratada publicamente como impossível pelo Piratini.
— Nós entendemos que o início da solução do IPE (Saúde) passa pela recomposição do poder de compra dos salários — afirmou o líder da bancada do PT, Luiz Fernando Mainardi.
Os cálculos elaborados pela assessoria da bancada petista apontam que, se houvesse reajuste de 10%, a contribuição dos servidores ao IPE Saúde poderia ser elevada para 4,1%, de forma linear e paritária. Ou seja: todos os beneficiários que aderissem ao plano descontariam 4,1% dos salários, com igual contribuição do Estado, já incluindo no percentual os dependentes.
Hoje, os servidores vinculados ao IPE Saúde destinam 3,1% dos vencimentos ao plano. A proposta do Piratini prevê uma contribuição mínima de 3,6%, que pode chegar a 12% do salário do funcionário público, no máximo. O projeto também estabelece cobrança por dependentes e usa a idade como critério para os descontos.
Segundo os parlamentares do PT, o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, se comprometeu a levar às sugestões ao governador Eduardo Leite e ao presidente do IPE Saúde, Bruno Jatene. A expectativa é de que o Piratini dê uma reposta aos deputados da oposição nesta quarta-feira (14).
Como tramita em regime de urgência na Assembleia Legislativa desde 18 de maio, o projeto do IPE Saúde passa a trancar a pauta de votações no plenário a partir da próxima terça-feira (20).