O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Firmes no propósito de tentar impedir a privatização da Corsan, deputados estaduais do PT foram até o Tribunal de Contas do Estado (TCE) nesta quinta-feira (1º) para apresentar novos argumentos. Na terça-feira (30), a bancada já havia ido até o Palácio Piratini solicitar a suspensão do processo ao governo.
No TCE, os deputados Jeferson Fernandes e Pepe Vargas e o deputado eleito Miguel Rossetto se reuniram com a conselheira Daniela Zago, relatora do processo na Corte. Também participou do encontro o economista Ricardo Hingel, que foi o principal conselheiro econômico da campanha de Onyx Lorenzoni e, assim como os petistas, é crítico ao modelo da privatização.
Os deputados apresentaram à relatora um estudo produzido por Hingel que aponta uma subvalorização de cerca de 50% no valor de R$ 4,1 bilhões estimado pelo Piratini para a venda da estatal. O documento será protocolado formalmente no processo para ser avaliado pela conselheira.
A esperança dos petistas é de que ela considere os argumentos e barre o leilão da companhia, marcado para 20 de dezembro.
— Não há razão nenhuma para se fazer uma privatização tão açodada, até porque o governador foi reeleito — ressalta Pepe, líder do PT na Assembleia.
Em julho, o TCE determinou a interrupção do processo de privatização da empresa e exigiu correções no modelo apresentado. Na ocasião, o Piratini optou por alterar o formato da privatização e propôs a venda integral da companhia.
