Quando a posse de Eduardo Leite foi marcada para as 9h30min de domingo (1º), imaginava-se que a mudança em relação ao horário tradicional seria para permitir que o governador reeleito e o presidente da Assembleia, Valdeci Oliveira (PT), fossem a Brasília acompanhar a chegada do presidente Lula ao poder no terceiro mandato. Questões logísticas, no entanto, inviabilizam essa hipótese e os dois terão de acompanhar a posse presidencial pela TV.
Como o governo do Estado não tem jatinho, seria preciso fretar um avião para chegar a tempo na capital federal— e isso não está nos planos de Leite nem de Valdeci.
Pela liturgia do cargo, o presidente da Assembleia participa de todos os atos alusivos à posse de Leite. Valdeci recebe o governador eleito e as principais autoridades em seu gabinete, às 9h30min. A solenidade de posse começa às 10h, no plenário, e deve durar uma hora. Às 11h, o governador Ranolfo Vieira Júnior e sua esposa, Sônia, recebem o governador e o vice, Gabriel Souza, já empossados, e os conduzem até o Salão Negrinho do Pastoreio para a transmissão de cargo. Depois de dar posse aos secretários, o governador recebe os cumprimentos.
Leite fará dois discursos. Assim como em 2019, o da Assembleia deve ser a baliza dos quatro anos de governo. No Piratini, o tom tende a ser mais emotivo.
Namorado de Leite, o médico Thalis Bolzan estará na posse e ficará junto da família do governador. Ao final da cerimônia, eles seguem para o Palácio Piratini acompanhados de familiares, secretários, deputados e convidados.
Se Valdeci fica em Porto Alegre por dever de ofício, a maioria dos deputados petistas vai abrir mão da posse de Leite para acompanhar Lula em Brasília.
Primeiro escalão
O deputado federal Paulo Pimenta deve ser anunciado quinta-feira (29) como ministro da Secretaria de Comunicação Social de Lula. Sua vaga na Câmara será ocupada pela suplente Reginete Bispo (PT), que fez cerca de 200 mil votos a menos que o titular.