Quem acompanha a propaganda eleitoral no rádio e na TV vai perceber a desconexão entre o que dizem os candidatos e as prioridades dos eleitores, detectadas na mais recente pesquisa do Ipec. Se prestassem atenção à voz das ruas, os candidatos falariam mais de saúde, educação, segurança pública, emprego, inflação, fome e miséria. Os pesquisadores apresentaram aos entrevistados uma lista com 21 áreas nas quais as pessoas vêm enfrentando maior ou menor dificuldade e pediram que indicassem até três que consideram os maiores problemas do Rio Grande do Sul.
Na soma das menções, saúde ficou em primeiro lugar, com 56%. Em seguida vê educação (34%), segurança pública/violência, desemprego (28%), custo de vida/preços (26%) e fome/miséria (25%). Todos os outros problemas têm menos de 20% das menções. A ponta de baixo ranking também é curiosa, porque tanto pode indicar que nessas áreas o Estado vai bem, como pode mostrar desinteresse ou desconhecimento. Com 5% ou menos das cotações estão agricultura (5%), meio ambiente (4%), assistência social (4%), energia elétrica (3%), transporte/mobilidade (2%), funcionalismo público (2%), seca/ falta de água (2%), turismo (1%) e cultura e lazer (zero).
A pesquisa Ipec foi realizada entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro e está registrada no Tribunal Regional Eleitoral sob o protocolo Nº RS‐07668/2022 e no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo Nº BR‐02047/2022. Foram ouvidos 1.200 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o intervalo de confiança de 95%.
Confira o ranking dos problemas: