Encabeçando a maior coligação entre os candidatos ao Palácio Piratini, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) obteve ampla vantagem sobre os adversários na divisão do tempo de propaganda eleitoral em rádio e televisão. Sozinho, o tucano deverá ficar com mais de um terço do tempo dos programas em bloco e das inserções, que começam a ser veiculados no próximo dia 26.
Leite terá mais que o dobro do tempo de Onyx Lorenzoni (PL) e Edegar Pretto (PT) e quase quatro vezes o espaço de Luis Carlos Heinze (PP). A estimativa foi calculada com base nos critérios definidos pela Justiça Eleitoral. O período exato a que cada um terá direito será oficializado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) nos próximos dias.
Os programas de rádio e TV da eleição para o governo do Rio Grande do Sul terão 10 minutos e serão veiculados às segundas, quartas e sextas-feiras, duas vezes ao dia. No rádio, às 7h15min e às 12h15min; na TV, às 13h15min e às 20h35min.
Diariamente, também serão exibidas inserções de 30 e 60 segundos ao longo da programação. As inserções são divididas de acordo com o tamanho do partido ou da coligação de cada candidato, na mesma proporção dos programas em bloco.
Em cada um dos programas de 10 minutos, Leite deve ter aproximadamente três minutos e 45 segundos. Esse latifúndio foi garantido com a manutenção do apoio do União Brasil, disputado até o último momento com Onyx. O partido resultante da fusão de DEM e PSL tem, sozinho, espaço de quase um minuto e meio. As coligações com MDB e PSD adicionaram ainda mais força ao tucano.
Pretto, por sua vez, agregou o tempo da federação PSOL/Rede ao fechar com os socialistas, que indicaram o vereador Pedro Ruas para a vaga de vice. O candidato do PT deverá ocupar cerca de um minuto e 30 segundos. Período semelhante será destinado a Onyx, cuja coligação reúne PL, Republicanos, Pros e Patriota.
O senador Luis Carlos Heinze (PP) deverá contar com aproximadamente um minuto em cada bloco de 10 minutos.
Na sequência, aparecem Vieira da Cunha (PDT), com cerca de 45 segundos, Vicente Bogo (PSB), com pouco mais de 40 segundos, e Roberto Argenta (PSC), que deve falar por volta de 30 segundos. O último da lista é Ricardo Jobim (Novo), com cerca de 15 segundos.
Carlos Messalla (PCB), Rejane de Oliveira (PSTU) e Paulo Roberto (PCO) não deverão ter acesso ao horário eleitoral em razão da cláusula de barreira criada na eleição de 2018.
Os espaços do horário eleitoral gratuito em rádio e televisão são divididos da seguinte forma: 10% do tempo é distribuído de forma igual entre os candidatos com acesso à propaganda e 90% leva em conta o tamanho das legendas. O critério estipulado pela legislação é o número de deputados federais conquistados na eleição anterior.